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quarta-feira, 1 de julho de 2009

REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA COM CRIANÇAS DE ATÉ CINCO ANOS.

Através deste trabalho observamos que as crianças mesmo antes de se alfabetizar percebem a importância de se comunicar, fazem a leitura do mundo através da exploração e após a assimilação e a acomodação conseguem fazer associações mentais.
Mesmo antes de saber ler, as crianças possuem concepções acerca do universo da língua escrita, estas idéias são elaboradas de maneiras diferentes dependendo dos estímulos a que são expostas.

Conforme a apostila podemos observar a evolução comunicativa do desenho a representação gráfica.
Vimos que a primeira forma de expressão é o choro. Nessa fase os sons e vozes servem de estímulos, são requisitos para a próxima fase.
Quando a criança passa a balbuciar o adulto deve descrever e nomear objetos possibilitando novos conhecimentos à mesma.
Mesmo ainda na fase das palavras silabadas como pé, para dizer que quer calçar os sapatos, o adulto deve pronunciar a frase corretamente para que a criança tenha a informação da pronúncia certa.
Não há uma sequência no desenvolvimento dos pré-requisitos para a alfabetização estes são construídos pelas crianças de acordo com a estimulação.
O esquema corporal é desenvolvido mesmo sozinho no processo de descobrimento de seu corpo, levando a mão na boca ou agarrando os pés e conforme a evolução dos estímulos passa a aprender sobre o equilíbrio, passa a ter noções de lateralidade e a conhecer o espaço.
Da organização espacial e temporal fazem parte as histórias contadas e até mesmo a rotina que é uma sequência que organiza o tempo.
A percepção e discriminação dos sons das palavras fazem parte da construção da escrita, portanto também é um pré-requisito e por isso é necessário dialogar com o bebê desde a concepção.
O pré-requisito chamado inclusão de classes é a percepção de que um todo é composto de partes.
E não podemos deixar de ressaltar a importância de trabalhar a motricidade ampla (coordenação de vários movimentos com o corpo) e fina (maior precisão, como movimento de pinça com as mãos).
O conhecimento da matemática é construído através do conhecimento social, que é transmitido de geração para geração, como datas e nomes, etc. Conhecimento físico explorando tamanho, textura, etc. E conhecimento lógico-matemático que é a comparação mental feita entre elementos como relacionar um objeto a outro ou a outrem.
A Literatura é um método de grande valia no processo de alfabetização, desenvolve o pensamento a imaginação e auxilia no aprimoramento da linguagem oral e escrita através do conhecimento de valores e sentimentos fazendo com que a criança amadureça e passe a refletir, abstraindo conceitos e desenvolvendo sua autonomia.
Precisamos conhecer como a criança pensa ao representar a escrita, estas passam por fases.
Na garatuja não discrimina entre números, letras ou desenhos. Mistura riscos lineares e bolinhas.
A fase pré-silábica é marcada por letras do seu nome, utiliza muitas letras e não as relaciona com os sons falados.
Silábica atribui valor da sílaba a cada letra ainda relacionando com letras do próprio nome ou de amigos, um exemplo interessante é a palavra papagaio onde a criança pode representar com a letra H devido ao som.
Na fase silábica alfabética a criança cria uma relação entre sons e as letras que necessitam para escrever.
E na alfabética a ortografia pode ainda não estar correta, é normal que faltem algumas letras devido a confusão feita quando levamos em conta o som das letras como no som cza, escrita casa.
Segundo o texto Aquisição da Linguagem/Relação e risco para a linguagem escrita, o hábito oral deletérico pode se associar com alterações no crescimento ósseo, má posição dentária e dificuldades respiratórias e na fala.
Foi realizada uma pesquisa onde mostra que entre os fatores não linguísticos que poderiam influenciar no desenvolvimento da linguagem aparece o uso do bico e da mamadeira. Sendo que o tempo de uso do bico pode estar ligado a atrasos na aquisição fonológica e uma hipótese é que o objeto atrapalhe na articulação dos fonemas. Já a mamadeira não teve influência, é possível que o tempo de exposição limitado seja o causador do resultado.
Concluímos que o processo de alfabetização é continuo, inacabado e constituído de fases. A evolução de uma para outra depende da alegria e da forma prazerosa como serão desenvolvidos os pré-requisitos, considerados fatores lingüísticos, que podem contar com atividades como brincadeiras, jogos e outros. E da interferência sofrida pelos fatores não linguísticos como o bico. Sendo a linguagem escrita uma continuação da linguagem oral uma influi na outra.

Após nos mostrar a existência de níveis de concepção a respeito da língua escrita passamos a repensar uma prática onde o ensino leve em conta os conhecimentos que o aluno traz consigo.
Através da observação do professor sobre os saberes do aluno este poderá proporcionar a passagem de um nível para outro através de desafios transformando o aprendizado num processo interessante.
Concluímos que os pré-requisitos fornecem o conhecimento necessário, motores e mentais, para que o processo de alfabetização possa ser bem sucedido.

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